Bernardo Mascarenhas, nasceu em 30 de maio de 1847*
Antônio e
Policena tiveram 13 filhos, sendo o décimo, Bernardo, nascido em 1847 na fazenda São Sebastião, em Tabuleiro
Grande. Aos doze anos, ele ingressou no Colégio Caraça, considerado à época um
dos melhores, senão o melhor, de Minas Gerais. Poderia ter seguido um curso superior, mas preferiu uma vida prática.
Colégio Caraça
Aos 18 anos recebeu do pai, que fizera o mesmo a todos os filhos homens, a quantia de 26 contos de réis para começar sua vida adulta. Empregou a quantia em uma sociedade com seu irmão Caetano na compra de gado magro, que era posto a engordar na fazenda São Sebastião e depois revendido com lucro. O negócio provou-se próspero e, complementado com o comércio de sal, garantiu a subsistência dos irmãos por um tempo. Apesar de tentar seguir os passos do pai, o jovem Bernardo no entanto era inquieto demais para o comércio ou agropecuária. Em 1865, sugeriu à família que montassem uma fábrica de tecidos movida a energia hidráulica.
Bernardo jovem
Por volta
de 1885, Bernardo mudou-se para Juiz de
Fora, onde tornou-se um dos fundadores do Banco de Crédito Real de Minas Gerais. Ele adquiriu então terrenos em
diversas partes da cidade, construindo em um deles, próximo à Estação
Ferroviária, a Companhia Têxtil Bernardo Mascarenhas, inaugurada em 1888. Buscando novas fontes de energia para sua
fábrica, fundou no mesmo ano a Companhia Mineira de Eletricidade, responsável no ano seguinte
pela inauguração da Usina Hidrelétrica de Marmelos, a primeira construção do tipo
na América Latina.
Bernardo quando foi iniciar o projeto para a iluminação elétrica da capital, Belo Horizonte.
* VAZ, Alisson Mascarenhas. Bernardo Mascarenhas: desarrumando o arrumado - um homem de negócios do século XIX.
Nossa intenção ao iniciar esse projeto foi homenagear o jovem Bernardo que era empreendedor, sonhador e audacioso. Em nossa história ele surge como um personagem invísivel, talvez um elo entre passado e presente. Ele participa da nossa história e conta detalhes que os outros personagens não sabiam.
desenho de Leonardo Paiva
1 - colorização Rose Valverde
2
E finalmente a última cena que nos lembra do monumento em homenagem ao Bernardo...
desenho de Leonardo
colorização Rose
colorização Rose
Bernardinho
aparece no último quadro mostrando a inscrição que fizeram no monumento em sua homenagem:
“A
seu grande Benfeitor Bernardo Mascarenhas, a gratidão de Juiz de Fora – 1937” . Na face posterior estáva escrito: “Passou pela vida semeando exemplos de honradez, perseverança e
trabalho; morreu recebendo as bênçãos do povo.”