quarta-feira, 29 de maio de 2013

Aniversário de nascimento de Bernardo Mascarenhas - 1847

Bernardo Mascarenhas, nasceu em 30 de maio de 1847*

Antônio e Policena tiveram 13 filhos, sendo o décimo, Bernardo, nascido em 1847 na fazenda São Sebastião, em Tabuleiro Grande. Aos doze anos, ele ingressou no Colégio Caraça, considerado à época um dos melhores, senão o melhor, de Minas Gerais. Poderia ter seguido um curso superior, mas preferiu uma vida prática.



Colégio Caraça

Aos 18 anos recebeu do pai, que fizera o mesmo a todos os filhos homens, a quantia de 26 contos de réis para começar sua vida adulta. Empregou a quantia em uma sociedade com seu irmão Caetano na compra de  gado magro, que era posto a engordar na fazenda São Sebastião e depois revendido com lucro. O negócio provou-se próspero e, complementado com o comércio de sal, garantiu a subsistência dos irmãos por um tempo. Apesar de tentar seguir os passos do pai, o jovem Bernardo no entanto era inquieto demais para o comércio ou agropecuária. Em 1865, sugeriu à família que montassem uma fábrica de tecidos movida a energia hidráulica.

Bernardo jovem


Por volta de 1885, Bernardo mudou-se para Juiz de Fora, onde tornou-se um dos fundadores do Banco de Crédito Real de Minas Gerais. Ele adquiriu então terrenos em diversas partes da cidade, construindo em um deles, próximo à Estação Ferroviária, a  Companhia Têxtil Bernardo Mascarenhas, inaugurada em 1888. Buscando novas fontes de energia para sua fábrica, fundou no mesmo ano a Companhia Mineira de Eletricidade, responsável no ano seguinte pela inauguração da Usina Hidrelétrica de Marmelos, a primeira construção do tipo na América Latina.






Bernardo quando foi iniciar o projeto para a iluminação elétrica da capital, Belo Horizonte.


VAZ, Alisson Mascarenhas. Bernardo Mascarenhas: desarrumando o arrumado -  um homem de negócios do século XIX.

Nossa intenção ao iniciar esse projeto foi homenagear o jovem Bernardo que era empreendedor, sonhador e audacioso. Em nossa história ele surge como um personagem invísivel, talvez um elo entre passado e presente. Ele participa da nossa história e conta detalhes que os outros personagens não sabiam. 

desenho de Leonardo Paiva

1 - colorização Rose Valverde 

2

E finalmente a última cena que nos lembra do monumento em homenagem ao Bernardo...

desenho de Leonardo


colorização Rose

colorização Rose


Bernardinho aparece no último quadro mostrando a inscrição que fizeram no monumento em sua homenagem:
“A seu grande Benfeitor Bernardo Mascarenhas, a gratidão de Juiz de Fora – 1937”. Na face posterior estáva escrito: “Passou pela vida semeando exemplos de honradez, perseverança e trabalho; morreu recebendo as bênçãos do povo.”






sexta-feira, 24 de maio de 2013

O que perdemos com o vandalismo

O monumento a Bernardo Mascarenhas há anos vem sendo pixado e dilapidado. Em 2009 o monumento foi restaurado, mas pouco tempo depois roubaram a placa que havia sido recolocada e agora está cada vez mais danificado.
Não dá para entender como um monumento que fica em região tão central, em frente a Secretaria de Educação encontra-se tão pixado assim. Será que essa pixação é feita a noite? 
Vejo sempre uma turma de estudantes sentados em sua volta e devem ser os mesmos que estão danificando as esculturas. Hoje quando tirava as fotos para essa postagem vi que alguns jovens que estavam por ali sairam quando comecei a fotografar. Um deles comentou: "Ainda bem que não assinei" outro ficou curioso e perguntou porque eu estava fotografando. Comentei com eles que esse monumento havia sido encomendado pelo povo para homenagear o Bernardo e agora o próprio povo o estava destruindo. Disse também que era uma burrice pois cada coisa que é destruída na cidade vai ser reposta com nosso  próprio dinheiro. Se pagamos impostos, também arcamos com o conserto que é feito no patrimônio público.

Quem destroi um bem público não percebe que está tirando dinheiro de outras áreas importantes como educação, saúde e lazer. E essa turma se acha esperta...

Fotos tiradas em maio de 2008:




Restauração realizada em 2009:



Novas pixações em 2010:




Fotos tiradas em março de 2011:



Fotos de outubro de 2011

Fotos tiradas hoje - 23 de maio de 2013









É por isso que em 2012 o João Miranda criou a historia "Apenas nos preservando" que conta a historia das duas estatuas que fogem do monumento a  Bernardo Mascarenhas. 
Daqui há pouco a ficção se tornará realidade. 
Elas já devem estar cansadas de serem pixadas!


SALVE!






segunda-feira, 20 de maio de 2013

Desenhos pixados na abertura da exposição "Fábrica de Desenhos" de Rose Valverde

A exposição Fábrica de Desenhos

A necessidade de repensar meu percurso de trabalho em arte/educação foi um dos motivos para propor o projeto Fábrica de Desenhos. Por estar ministrando cursos de desenho artístico, desenho em quadrinhos e desenho de Moda num espaço que antigamente era parte da Fabrica Mascarenhas é natural que todo o processo de aprendizado que propus nos últimos anos perpassasse pela história da Fábrica e pela própria história de Bernardo Mascarenhas, motivo pelo qual apresentei essa proposta de exposição no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas.
O projeto é também o resgate de uma história de dedicação ao desenho artístico e está em consonância com pesquisas sobre o ensino e valorização do desenho que vem sendo realizadas nacionalmente conforme observei no XXII Congresso Nacional da Federação de Arte educadores do Brasil - SP - Nov/2012.
Comecei a dar aula de desenho artístico no CEM em 2002 e já tivemos mais de 410 alunos além das outras turmas de desenho em quadrinhos e desenho de moda também. A proposta do curso de desenho artístico é proporcionar aos alunos desenvolver as habilidades de desenho assim como estimular um novo olhar para o mundo a sua volta, perceber proporções, desenvolver noções de equilíbrio, ritmo, harmonia, entender os fundamentos do desenho, da forma e da perspectiva. Através dos anos em que desenvolvi esse trabalho em sala de aula fui reunindo registros, fotos, desenhos e esboços os quais proponho agora apresentar nessa exposição com o intuito de mostrar os caminhos que temos feito nesses últimos anos.

"Fábrica de Desenhos" é um registro de 11 anos de trabalho no CEM no curso de desenho artístico.

Desenhos pixados na abertura da exposição



Samuel Wiliam Silva e Souza (17) e Pedro Henrique dos Reis Jeronimo (18) membros da Associação Juizforana de Hip-Hop - situada no Bairro São Bernardo. Os jovens são monitores do Prof. Igor no projeto de Grafite. São ex- pichadores...


Os jovens pixaram os desenhos à lápis e depois Rose Valverde falou sobre o vandalismo e a preservação. "Temos que aprender a construir, a criar, não destruir", termina Rose Valverde.
Iara Pinto da SIlva Netto (filha de Rose Valverde) gravou o momento em que Rose Valverde faz uma explicação sobre a série Construção x Reconstrução.


foto tirada durante a montagem da exposição